terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Parabéns Xutos
Com uma carreira com mais de 20 anos, os Xutos e Pontapés apresentam-se, na cena musical portuguesa, como um verdadeiro fenómeno de resistência. Num meio onde o sucesso, muitas vezes, é fugaz, os Xutos souberam renovar-se ao longo dos anos, mantendo, no entanto, a mesma atitude combativa e entusiasta do primeiro dia, tendo alargado substancialmente o número de fãs. Cruzaram gerações, conquistando, com a sua música, pais e filhos.
Tudo começou em 1978, ano em que se deu o primeiro ensaio da banda depois da entrada de Zé Pedro (guitarra) e Zé Leonel (voz), que se juntaram, através de anúncios em jornais, a Kalú (bateria) e Tim (baixo). A mítica primeira actuação ao vivo dos Xutos deu-se, um ano depois, na sala dos Alunos de Apolo. Nos anos seguintes, continuaram a tocar ao vivo, fazendo as primeiras partes de outras bandas. Em 1981, dá-se a entrada do guitarrista Francis e a saída do vocalista Zé Leonel, passando agora Tim a emprestar a sua voz ao grupo.
Em 1982, lançam o primeiro álbum intitulado "78-82", que inclui temas como "Mãe" e "Avé Maria", que geram polémica, sendo proibidos de tocar em algumas rádios. O vocabulário explícito e a delicadeza dos temas abordados ( o incesto na primeira música, a religião na segunda) provocam algum escândalo na época.
No ano de 1983, dá-se a saída de Francis, e os Xutos passam a actuar como trio, tendo nos concertos ao vivo, a participação do saxofonista Gui. Essa formação dura, no entanto, apenas alguns meses, uma vez que, nesse ano João Cabeleira, entra para o grupo.
Em 1985, editam um novo álbum, o "Cerco". Promovem o disco tanto em Portugal como em Espanha.
Pouco depois, assinam pela Polygram e, um ano depois, lançam o "Circo de Feras", que é disco de prata, vendendo 10 mil unidades. Do álbum, retiram o single "Circo de Feras" que chega a disco de ouro.
Com o álbum seguinte, "88", iniciam a maior tournée de um grupo rock em Portugal, com 60 concertos em quatro meses, com uma média de 4 mil pessoas por espectáculo. Encerram a digressão em Lisboa num concerto que viria a dar origem ao seu disco seguinte, o triplo "Xutos ao Vivo" que, 20 dias depois de ter sido posto à venda, foi disco de platina.
Em 1990 surgem com "Gritos Mudos", gravado no Brasil. Pouco depois da edição do disco, Gui abandona os Xutos. No ano seguinte, os elementos da banda dedicam-se a outros projectos: Kalú e Zé Pedro abrem o famoso bar "Johnny Guitar", ao mesmo tempo que com Flak e Alex (ambos Rádio Macau) e, sob a batuta de Jorge Palma, fundam o "Palma's Gang". Tim ingressa nos "Resistência", onde vem a ter sucessos atrás de sucessos.
Segue-se "Dizer Não de Vez", editado em 1992, que atinge também disco de prata.
No ano seguinte é a vez de "Direito ao Deserto". Em 1994, comemoram o 15º aniversário da banda com um concerto no Coliseu do Porto em que a 1ª parte é assegurada por uma espécie de "All Stars" da música portuguesa. Segue-se a tournée habitual que, desta vez, os leva aos EUA.
Em 1995, dão um concerto acústico em directo para a Antena 3, cuja gravação dá origem a um novo álbum, editado pela Polygram e que foi um enorme sucesso, rendendo-lhes novo disco de prata. Ainda nesse ano, o jornal "Blitz" atribui-lhes o Prémio Carreira.
Em 1997, mudam para a EMI - Valentim de Carvalho e editam "Dados Viciados", com produção de Ronnie Champagne. Despedem-se dos anos 90 com a banda sonora do filme "Tentação", onde se inclui o single "Para Sempre" e a colectânea "Vida Malvada".
A 13 de Janeiro de 1999, os Xutos comemoram 20 anos de carreira com uma série de espectáculos especiais e com o disco de tributo "XX Anos - XX Bandas" em que participam, GNR, Clã, Rui Veloso e Mão Morta.
Em 2000 editam, pela primeira vez, em CD gravado ao vivo em 1986, no Rock Rendez-Vous, "1º de Agosto". Um ano depois, alheios a superstições, fazem do 13 o seu número da sorte, e editam mais um album de originais.
Em 2001 chegou o álbum ao vivo "Sei Onde Tu Estás ao vivo 2001", e um novo de originais, "XIII". Em 2003 chegou o acústico "Nesta Cidade" e no ano seguinte mais um álbum de originais, "O Mundo ao contrário".
Desde 2004 que a banda não edita nenhum trabalho discográfico, mas o ano de 2009 marca os 30 anos de carreira desta banda portuguesa.
Membros actuais
Zé Pedro (guitarra ritmo) (1978-actualidade)
Kalú (bateria) (1978-actualidade)
Tim (baixo e voz) (1978-actualidade)
João Cabeleira (guitarra solo) (1983-actualidade)
Gui (saxofone) (1984-1990/2004-actualidade)
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